Desde pequena, fui guiada por uma sensibilidade que não compreendia.
Via além do visível. Sentia o que os outros não percebiam. Mas ainda menina, fui ensinada a fechar essa porta — a silenciar minha intuição, a esconder o sagrado que habitava em mim.

Durante muitos anos, vivi desconectada dessa parte tão essencial. Tornei-me farmacêutica na Escócia, construí uma vida considerada “ideal” — mas dentro de mim, algo permanecia vazio. A alma ainda sussurrava, pedindo espaço para respirar.

Foi seguindo os sinais do Universo que cheguei às Bermudas — com duas malas e um chamado. Aqui, em meio a um momento de dor, reencontrei minha alma.
Mergulhei em práticas de meditação e estudos profundos com mestres como Deepak Chopra, Eckhart Tolle, Esther Hicks, Dr. Wayne Dyer, Dr. Joe Dispenza e tantos outros que me ajudaram a lembrar do que já vivia dentro de mim.

Manifestei amor, filhos, um lar, uma vida abençoada…

Mas algo seguia incompleto. Havia um bloqueio invisível, uma sensação de repetição, como se uma parte da minha história estivesse presa em algo que eu não conseguia ver — mas o meu corpo sentia.
Foi então que conheci o breathwork.
E ali, algo em mim renasceu.
Em sessões profundas, vi minha linhagem. Senti emoções antigas se liberarem. Percebi que revivia dores, frustrações e sonhos não realizados do meu pai, dos meus avós, da minha ancestralidade.

Quando meu pai partiu, algo profundo se revelou. Com os olhos do coração, compreendi que, por amor, eu vinha carregando aquilo que era dele — seus medos, suas limitações, seus sonhos interrompidos.
Minha empatia transformava a dor dele em rota para a minha própria vida, e sem perceber, eu seguia repetindo histórias que não eram minhas.
Mas naquele instante de clareza, com compaixão e consciência, eu escolhi: esse ciclo termina agora.
Com amor, eu o honrei. E com coragem, me libertei.E foi dessa escolha — da dor que me despertou, da cura que me atravessou — que nasceu este curso.