Diferenças cerebrais depois de praticar a meditação mindfulness
Uma neurocientista da Escola de Medicina de Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, Sara Lazar, procurou explorar os benefícios da meditação e da atenção plena através de exames cerebrais.
O que ela aprendeu?
Meditação e práticas similares podem melhorar, expandir e mudar seu cérebro. As descobertas de meditadores de Lazar foram profundas: com o tempo, seus sentidos se tornam aprimorados. Com a meditação regular eles experimentam melhor a tomada de decisão executiva.
Se mais jovens ou mais velhos, os participantes mostraram aumento da massa cinzenta no córtex pré-frontal.
O cérebro de novos meditadores engrossou após oito semanas nas áreas do cérebro que atendem à autorregulância, aprendizagem, cognição, memória, regulação emocional, adotando perspectivas, empatia, compaixão e a produção de neurotransmissores reguladores.
As áreas dos cérebros dos novos mediadores relacionadas à ansiedade, medo e estresse se tornaram menores ao longo do tempo. Esforços científicos contínuos, perspectivas de pesquisa e metodologias destinadas a provar os benefícios da meditação e mindfulness melhoraram drasticamente.
Para quais doenças essa meditação pode ser aplicada
Marcelo Demarzo, médico especialista em mindfulness, explica que, embora tenha a ver com meditação o mindfulness, ao reduzir o estresse, ajuda pessoas a se tratarem em um ambiente hospitalar, por exemplo.
Ele acrescenta que em casos de ansiedade, depressão e câncer há uma significativa resposta positiva ao tratamento “Nos últimos 20 anos, o mindfulness vem sendo popularizado na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, começou a ser difundindo há 15 anos pelo físico e budista ordenado Stephen Little” conta.
Em países da Europa e Estados unidos colocaram mindfulness com disciplina obrigatória.
Mindfulness diz ele, é uma psicoterapia de terceira geração, com uma importante base científica, fundamentada em práticas meditativas orientais adaptadas a um cenário secular e universal, sem qualquer orientação religiosa específica.
Qual melhoria essa meditação propõe para essas doenças
Especialistas garantem que os resultados nos tratamentos médicos com o mindfulness chegam de 30% a 40% de sucesso, em média. Em casos de depressão, cai em 50% os retornos das temidas crises depressivas. Além disso, o paciente saberá lidar melhor com os retornos, tanto da depressão quanto das crises de ansiedade. Em dores crônicas, ele aprenderá a conviver da melhor forma com o problema.
Como incorporar o mindfulness na rotina
Ao respirar
A mente tende a divagar afastando a nossa atenção do corpo. Quando focamos no ar entrando e saindo (não precisa controlar, é só observar mesmo) corpo e mente se conectam, nos trazendo de volta para o momento presente.
Ao caminhar
Pode ser no local de trabalho, em casa ou na rua com a consciência ao presente, andar com consciência e atenção nas passadas.
Ao tomar banho
Está aí um ambiente perfeitamente seguro para a prática. Em vez de se ocupar pensando na lista de afazeres ou falando sozinho, aproveite para notar seus movimentos e sensações, como a água em contato com a pele.
Saiba mais sobre Mindfulness
Aqui mesmo, em nosso blog Benefícios da Meditação. Leia também nosso artigo Meditar, vamos entender seu significado?
Veja que ótima notícia, aqui do Brasil:
O conceito de meditação mindfulness ficou popular no universo de empresas moderninhas como maneira de aumentar o foco e a produtividade no ambiente de trabalho, além de trazer bem estar para os funcionários. A onda acabou saindo dos tapetinhos de yoga e das mesas de escritório e invadindo também escolas primárias, com objetivos parecidos do mundo empresarial: melhorar o rendimento dos alunos de uma maneira saudável.
Leia mais… Meditação para crianças: escolas incorporam técnicas de mindfulness.
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Considerações Finais
É importante ressaltar que mindfulness não opera milagres. De acordo com Vanessa Scott, os benefícios não acontecem da noite para o dia e requerem muita disciplina, temos que praticar diariamente, diz ela:
A grande “revolução mindfulness”, como nomeou a revista americana Time em 2014, parece estar em devolver às pessoas sua parcela de responsabilidade pela própria saúde. Adotar as técnicas de atenção plena equivale a englobar a atividade física na rotina – demanda força de vontade, disposição e empenho.